Notícias Unidade de Estudos Qualitativos
O que é ?
É um espaço de investigação aplicada onde se exploram, de forma aprofundada, comportamentos, atitudes e opiniões dos portugueses, usando metodologias e técnicas qualitativas como a Entrevista Individual Aprofundada, a Entrevista de Grupo (mais conhecida por Focus Group), as visitas acompanhadas, ou etnografia. Nesta unidade, pretende-se conhecer a realidade social nas suas variadas dimensões a partir da perspectiva de quem a vive na primeira pessoa, da sua subjectividade, do modo como atribui sentido às suas ações e ao mundo que a rodeia.
Porquê estudar a realidade desta perspetiva?
Os estudos qualitativos têm um lugar especial no mundo em que vivemos: este é o mundo das gastronomias redescobertas, das reformatações familiares, das hortas nas varandas e dos álbuns de memórias instantâneos… Mas também das grandes narrativas mundiais reinventadas, da multiplicação das experiências coletivas e da consequente redefinição dos sentimentos de pertença. Este é o mundo das novas tecnologias, da vivência em rede, da centralidade da Identidade individual, condenada socialmente a “cumprir o seu destino”…. Mas também das dinâmicas de regresso ao tempo e espaço exóticos, ao passado simples e ao espaço natural. Entre estas escalas de micro ao macro estão as pessoas, no seu dia-a-dia, construindo passo a passo um sentido para a realidade que se pretende a um tempo único e partilhado, produzindo a vida como a conhecemos, produzindo cultura.
É neste meio complexo que se revela o potencial de uma abordagem qualitativa, preparada para captar a subjetividade humana. As vidas das pessoas comuns, e a vida comum de todos nós, estão assentes em imagens e ideias inconscientes às quais não temos acesso directo, mas que podemos explorar através dos discursos e narrativas. A comunicação humana tem a sua riqueza na capacidade de criar pontes, ao mesmo tempo que estabelece as condições para que esta seja compreendida por variadas pessoas, condição que exige métodos específicos de trabalho. Porque, como disse Max Weber, “não é preciso ser César para compreender César”, os métodos qualitativos permitem-nos precisamente reconstituir o significado do pensamento e da acção humana, da perspectiva dos seus protagonistas.
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